quarta-feira, outubro 25, 2006

ESPAÇO CONHECIMENTO I - Budismo: uma religião em prol da Revolução Humana


por Gabrielle Maia*

O Budismo é uma religião milenar, que mesmo com o passar dos anos continua sendo atual e cada vez mais apreciada por pessoas do mundo inteiro.

Sua história começa na Índia com o mais popular dos budas, Siddartha Gautama, ou Sakyamuni, já que buda significa literalmente “O iluminado”, “aquele que compreendeu um fenômeno importante”, sendo assim, buda não é um objeto de adoração dos praticantes budistas e sim um exemplo, ou melhor, um estado inerente em todos os seres humanos, caracterizado por uma profunda benevolência, sabedoria e felicidade inabalável, sejam eles budistas ou não.
Vários outros budas surgiram no mundo, após os ensinamentos de Sakyamuni e um deles foi Nitiren Daishonin (1222-1282), no Japão.
Daishonin, após ter estudado profundamente todos os ensinos copilados pelos discípulos de Sakyamuni, compreendeu que a essência da filosofia do Budismo encontra-se no ato de realizar o que chamamos de Revolução Humana, que é a mudança interior através da recitação do Daimoku, que é a principal oração do Budismo de Nitiren Daishonin e da ciência sobre a lei universal de causa e efeito.
Desta forma, o budismo tornou-se uma religião acessível a todos, independentemente de seu nível social ou sua escolaridade, pois entendeu-se a partir de Daishonin o real objetivo da religião: possibilitar a felicidade.
Hoje o Budismo de Nitiren Daishonin é praticado em mais de 190 países e territórios do mundo, inclusive no estado de Sergipe.
Criar valores humanos, pessoas conscientes do seu papel, preocupados com o meio em que vivem e empenhados em promover uma rede humanística de paz por meio da filosofia budista é o objetivo da SGI, Soka Gakkai Internacional (Sociedade para Criação de Valores Humanos), uma ONG, idealizada pelo educador japonês Tsunessaburo Makiguti (seu primeiro presidente) e criada pelo professor Jossei Toda, no Japão da década 40, após a destruição do país pela Segunda Guerra. A SGI se expandiu, graças à intensa dedicação do Sr. Daisaku Ikeda, um filósofo, economista e pacifista japonês, discípulo dos ensinamentos de Toda, que levou o Budismo de Nitiren Daishonin para outros países, conforme o desejo do seu mestre.
Surge então no Brasil, a BSGI (Brasil Soka Gakkai Internacional), com os mesmos ideais de paz, cultura e educação de sua organização original. Todos os anos, o pres. Ikeda envia à ONU uma proposta de paz, além de encontrar-se com líderes de todo mundo para ressaltar a importância do diálogo entre os povos para a criação de uma sociedade pacífica. Ikeda têm várias obras publicadas e traduzidas para mais de quatorze idiomas.
* Grabrielle Maia (21) é Budista, uma das líderes da Brasil Soka Gakkai Internacional - BSGI, em Sergipe, e estudante do curso de Administração da Faculdade de Sergipe - FaSe. Como não poderia deixar de ser, Natália Chaves é fã de Gabrielle Maia.

ESPAÇO CONHECIMENTO


Com o objetivo de divulgar as origens e atuação das diversas religiões do planeta resolvi abrir um espaço no meu blog para falar do assunto. E para falar de cada religião, ninguém melhor do que uma pessoa que conheça e pratique efetivamente, portanto, os textos desse espaço serão de autores diversos ligados a mim.
A Vida Humana grita por uma reforma íntima que torne as pessoas mais compassivas, menos discriminadoras e livres de pré-julgamentos. Que tal começar ampliando nossos conhecimentos e entendendo um pouco mais sobre o outro? Afinal, somos todos igualmente privilegiados por termos o mesmo Pai e por que importa se o caminho que nos leva até Ele é diferente, se no fim todos pretendem o mesmo ponto de chegada? Isso não torna um filho melhor do que o outro. Fica aqui a sugestão de reflexão.

terça-feira, outubro 24, 2006

CONSTRUÇÃO DA VIDA


Um dia desses eu estava na varanda observando do alto o trabalho dos pedreiros e seus auxiliares na construção da casa ao lado e da frente. Até aquele momento eu ainda não havia tido interesse em conhecer as etapas de construção de uma residência. Com uma repentina curiosidade puxei conversa com um dos pedreiros, um sr. bastante simpático. Na verdade foi um daqueles interrogatórios que há quem diga que são tão empolgados e insistentes quanto os de uma criança; não seria este o caso?
Gente...!! É preciso muita paciência! Construir é unir tijolo por tijolo, em seu devido lugar, na hora certa, seguindo um planejamento. Requer dedicação, esforço e às vezes uns bons machucados.
No decorrer da nossa conversa comecei a perceber que a vida da gente também é assim. Esse lance de alicerce, alvenaria, cobertura, revestimento e pintura são fases também da formação dos nossos relacionamentos, da conquista dos nossos objetivos, da construção das nossas vidas!
A gente edifica passo por passo, dia após dia; planejamento e determinação para segui-lo são essenciais, assim como a dedicação e a paciência para esperar os resultados que virão na hora certa.
Ah!... Essa "tranquilidade com que se espera aquilo que tarda" é muito difícil. Quem nunca desejou pular certas fases pra chegar mais rápido ao objetivo? Quem nunca pendeu ao desânimo e à desistência diante de tempestades e machucados causados pelo árduo trabalho?
A questão é que não adianta colocar o carro na frente dos bois, porque a casa pode cair depois de pronta e tanto quanto pior é desanimar, porque a construção da vida que se deseja pode ficar estagnada por um longo tempo.
Ao encerrar nossa conversa, sr. Marcos disse: "Nunca vi uma jovem tão interessada em construção civil. Tenho certeza que a casa que você pretende construir ficará excelente!"
Eu pensei: "Comecei a construção desta casa desde que nasci." E respondi: "No que depender de mim, ela ficará sim, maravilhosa e bem firme!"

quarta-feira, outubro 18, 2006

TEM QUE DAR ERRADO?



Alguém aqui acredita que quando algo tem que dar errado, não importam os esforços contrários feitos, VAI DAR ERRADO E DA PIOR FORMA POSSÍVEL???
Recuso-me a aceitar essas teorias, mas tem horas que a Lei de Murphy parece mesmo certa!

*A primeira Lei de Murphy diz que:
1. Se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará.

As 6 melhores Leis de Murphy:
1)Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.
2)Toda vez que se menciona alguma coisa: se é bom, acaba; se é mal, acontece.
3)Nada é impossível para quem não tem que fazer o trabalho.
4)Nunca há horas suficientes em um dia, mas sempre há muitos dias antes do sábado.
5)Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.
6)Sorria! Amanhã será pior!




Somebody save me!!

segunda-feira, outubro 09, 2006

SENTIMENTOS



A saudade era grande. Ela estava atrasada; ele, como sempre, pontual. Ela o viu de longe, encostado na escada, seu coração disparou. Seus olhos se encontraram. Quando ela via aqueles olhos sentia que ali havia um mundo inteiro a ser conhecido, queria mergulhar neles, desvendar cada detalhe e chegar ao coração, pra ver se havia o mesmo sentimento do seu.
Foram sentar em um local próximo. Conversaram muito, eles tinham uma afinidade única, o tempo parecia não exisitir e os assuntos não acabavam. Ela observava cada gesto, queria segurar suas mãos - o fez em um rápido momento - e não soltar mais. Observava o movimento dos lábios dele e questionava a si mesma se os pensamentos que percorriam sua mente eram recíprocos.
O momento de ir foi adiado por ambos várias vezes, mas já era tarde e agora tinham que se despedir. Alguém a esperava, alguém que ela também amava, mas não sabia mais o quanto. Ela sabia que deveria fazer uma escolha, que em breve teria de assumir o que sentia ou guardá-lo definitivamente. Seus pensamentos foram ao encontro da pessoa que a esperava, alguém que ela jamais pensaria em magoar, alguém que vivera com ela muitos momentos difíceis, tristes e de felicidade, que percorrera um longo caminho ao seu lado.
Ele a acompanhou até o local de espera, por instantes esteve com os dois frente a frente. Aquele foi um momento ímpar, desde que a confusão interna começou. Seus sentimentos estavam cada vez mais definidos; recomeçaria a caminhada?
Despediram-se com um forte abraço, ela desejou que o mundo parasse ali, mas decidiu que ainda não era hora de ir além.

O PRESENTE


"Era quinze de junho e em dois dias eu faria trinta anos. Estava inseguro com a rapidez com que o tempo tinha passado e temia que os melhores anos tivessem ficado pra trás.
Minha rotina diária incluía uma sessão de ginástica antes do trabalho. Todas as manhãs encontrava com meu amigo Nicholas na academia. Ele tinha setenta e nove anos e estava em plena forma. Quando o cumprimentei naquele dia, ele percebeu que eu não estava animado como sempre e perguntou se havia alguma coisa errada. Disse-lhe que estava ansioso por estar fazendo trinta anos. Fiquei imaginando como olharia pra trás quando chegasse à idade de Nicholas e então lhe perguntei:
- Qual foi a melhor época da sua vida?
Sem hesitar, Nicholas respondeu:
- Bem, Joe, esta é a minha resposta filosófica à sua pergunta filosófica: quando era criança na Áustria e meus pais cuidavam de mim, sem que eu precisasse me preocupar com nada, aquela foi a melhor época da minha vida. Quando fui pra escola e aprendi as coisas que sei hoje, aquela foi a melhor época da minha vida. Quando arrumei meu primeiro emprego, passei a ter responsabilidades e a ser pago por meu esforço, aquela foi a melhor época da minha vida. Quando conheci minha mulher e me apaixonei, aquela foi a melhor época da minha vida. Veio a Segunda Guerra e minha mulher e eu tivemos de sair da Áustria para salvar nossas vidas. Quando estávamos juntos e a salvo num navio, vindo para a América do Norte, aquela foi a melhor época da minha vida. Quando viemos para o Canadá e formamos uma família, aquela foi a melhor época da minha vida. Quando me tornei um jovem pai e pude ver meus filhos crescerem, aquela foi a melhor época da minha vida. E agora, Joe, tenho setenta e nove anos e estou com saúde. Me sinto bem e continuo apaixonado por minha mulher, exatamente como quando a conheci. Esta é a melhor época da minha vida."Histórias para aquecer o coração - Edição Ouro * Jack Canfield e Mark Victor Hansen
Gosto muito dessa história porque ela demonstra a importância de ser feliz no presente. Muitas vezes a gente condiciona nossa felicidade ao passado e ao futuro, passando pelo presente sem aproveitar os momentos, sem fazer dele a melhor época da nossa vida.
O presente é o momento de viver e ser feliz. Vamos dar mais leveza à vida, curtir mais o hoje e não condicionar as nossas alegrias a acontecimentos futuros. Vamos lamentar menos por momentos que não irão retornar e usá-los como incentivo para construir no presente outras situações de bem-estar.
Quando a gente descobre que a felicidade está em nós e a desvincula de acontecimentos externos, passados ou futuros, a vida fica mais gostosa!

segunda-feira, outubro 02, 2006

MENTIRAS E OMISSÕES


"Porque o problema da mentira não é que alguém possa acabar acreditando nela, mas sim que ela impõe a quem pronuncia uma lealdade mais férrea e duradoura do que a verdade." O ventre da baleira * Javier Cercas

Pra mim mentira é sempre mentira e não tem justificativa, mas acho que existem graus de gravidade que devem ser considerados; estes variam de acordo com o que foi pronunciado e a intenção do sujeito. Com isso, fico me perguntando se alguém que diz mentir pra não machucar o outro tem realmente esse objetivo ou se, na verdade, está evitando o próprio sofrimento de ter que revelar algo encoberto, de encarar a pessoa que se pretende enganar, olhar em seus olhos e dizer o que deve ser dito.
Não mostrar a realidade é muito mais difícil do que se pensa, pois é necessário manter-se na farsa sempre, o enganador torna-se escravo da mentira. Dizer a verdade pode machucar a si mesmo e ao outro, mas fugir disso traz conseqüências piores.
Certa vez uma pessoa, na época muito importante e que eu confiava, mentiu pra mim. Negou algo que se dito naquele instante não faria diferença; 26 dias depois a verdade chegou pela boca de outros, como sempre acontece. A dor foi grande, não pela verdade encoberta, mas pela confiança perdida, pela imagem da "sinceridade em pessoa" ter caído. Quem nunca passou por algo do tipo? Acho que todos passamos por situações parecidas, sejam em graus mais graves ou não.
Não defendo a omissão, mas prefiro-a do que a mentira. A omissão não é sempre desleal e enganadora, a mentira sim. Por exemplo, você pode omitir algo sobre o que está pensando, sobre como se sente (esse foi inspirado por você, Quel), não quer dizer que está enganando, sendo desleal, mas se omitir algo que tem obrigação de dizer aí já vira tudo mentira!
E você, o que pensa?