segunda-feira, novembro 18, 2013

SOBRE BRINCAR DE RESPEITAR O PRÓXIMO. Inevitável não comentar as polêmicas das redes sociais.

Quando um torcedor chama outro torcedor de gay, Maria, maricas, bicha ou qualquer outra palavra que remeta à homossexualidade ou qualquer opção ou condição diferente da sua é sim uma forma de preconceito. Quem faz isso está querendo diminuir o torcedor do time oposto e acredita que chamá-lo dessa maneira é uma forma de dizer que ele é pior.

Por que o meu concorrente tem que ser gay? Quer dizer, o time que não presta pra mim é o time dos “viados”? Os “viados” não prestam? É essa a mensagem que você passa.

Se você, torcedor que considera o seu adversário uma “Maria”, não tivesse em sua consciência que ser gay é algo ruim, não chamaria o outro da torcida assim. Se ser gay fosse bom e correto seu concorrente não seria Maria, pois é bom demais pro time oposto. “Chupa Marias”, “Chupa maricas”. Que coisa mais ridícula de se propagar na sociedade.

Brincadeiras ou não, tem adulto demais nas redes sociais reproduzindo um pensamento preconceituoso sem avaliar as implicações de suas atitudes.
Vamos brincar de respeitar as pessoas, suas opções, condições e ideiais de vida? É uma brincadeira mais gostosa.

Um grande problema do preconceito não é aquele grande, vistoso, que a lei pega (ou não) e pune. Mas aquele que está sorrateiramente sendo propagando sem que ninguém faça nada para o conter, porque sempre é apenas mais uma "brincadeira".