
Em geral não gosto de discutir política, porque sempre tem alguém que sai esquentado ou insatisfeito. E porque é um dos assuntos que muitas vezes são abordados com o objetivo de mudar a opinião do outro, deixando de lado o fato de vivermos em um país democrático, mesmo que essa forma de governo não tenha os mesmos resultados da teoria. Apesar disso não posso deixar de falar em Eleições 2006 e manifestar minha curiosidade e insatisfação com o que tenho escutado de algumas pessoas.
Ouço, diariamente, pessoas reclamando sobre a situação do país, suas dificuldades e necessidades, mas o que essas pessoas estão fazendo para mudar? Muitas manifestam opiniões sobre as eleições e é sobre a forma de pensar de uma parte dessas pessoas que falarei; essa forma de pensar que entra em contradição com as reclamações. Aí vão algumas:
1) Fidelidade a um partido, sem importar o candidato. "Eu sou do partido x e acho que o partido y tem um candidato com poder administrativo maior, mas sou fiel ao meu partido."
2) Generalizar a canalhice para justificar o voto em quem rouba descaradamente. "Todo político é ladrão, então não faz diferença votar em fulano."
3) Interesses pessoais se sobrepondo aos gerais do país. "Fulano me deu o emprego que tenho, então, meu voto é dele."
4) Maria vai com as outras. É inacreditável, mas tem gente que escolhe candidato de acordo com a maioria.
Estar em dúvida em quem votar é normal, diante da crise que o país se encontra, da insegurança e desconfiança, mas escolher de forma irresponsável não tem justificativa.
Quer votar em fulano ou ciclano, vá em frente, mas faça porque você realmente acredita que ele vai contribuir para o crescimento de todos.