
por Gabrielle Maia*
O Budismo é uma religião milenar, que mesmo com o passar dos anos continua sendo atual e cada vez mais apreciada por pessoas do mundo inteiro.
Sua história começa na Índia com o mais popular dos budas, Siddartha Gautama, ou Sakyamuni, já que buda significa literalmente “O iluminado”, “aquele que compreendeu um fenômeno importante”, sendo assim, buda não é um objeto de adoração dos praticantes budistas e sim um exemplo, ou melhor, um estado inerente em todos os seres humanos, caracterizado por uma profunda benevolência, sabedoria e felicidade inabalável, sejam eles budistas ou não.
Vários outros budas surgiram no mundo, após os ensinamentos de Sakyamuni e um deles foi Nitiren Daishonin (1222-1282), no Japão.
Daishonin, após ter estudado profundamente todos os ensinos copilados pelos discípulos de Sakyamuni, compreendeu que a essência da filosofia do Budismo encontra-se no ato de realizar o que chamamos de Revolução Humana, que é a mudança interior através da recitação do Daimoku, que é a principal oração do Budismo de Nitiren Daishonin e da ciência sobre a lei universal de causa e efeito.
Desta forma, o budismo tornou-se uma religião acessível a todos, independentemente de seu nível social ou sua escolaridade, pois entendeu-se a partir de Daishonin o real objetivo da religião: possibilitar a felicidade.
Hoje o Budismo de Nitiren Daishonin é praticado em mais de 190 países e territórios do mundo, inclusive no estado de Sergipe.
Criar valores humanos, pessoas conscientes do seu papel, preocupados com o meio em que vivem e empenhados em promover uma rede humanística de paz por meio da filosofia budista é o objetivo da SGI, Soka Gakkai Internacional (Sociedade para Criação de Valores Humanos), uma ONG, idealizada pelo educador japonês Tsunessaburo Makiguti (seu primeiro presidente) e criada pelo professor Jossei Toda, no Japão da década 40, após a destruição do país pela Segunda Guerra. A SGI se expandiu, graças à intensa dedicação do Sr. Daisaku Ikeda, um filósofo, economista e pacifista japonês, discípulo dos ensinamentos de Toda, que levou o Budismo de Nitiren Daishonin para outros países, conforme o desejo do seu mestre.
Surge então no Brasil, a BSGI (Brasil Soka Gakkai Internacional), com os mesmos ideais de paz, cultura e educação de sua organização original. Todos os anos, o pres. Ikeda envia à ONU uma proposta de paz, além de encontrar-se com líderes de todo mundo para ressaltar a importância do diálogo entre os povos para a criação de uma sociedade pacífica. Ikeda têm várias obras publicadas e traduzidas para mais de quatorze idiomas.
* Grabrielle Maia (21) é Budista, uma das líderes da Brasil Soka Gakkai Internacional - BSGI, em Sergipe, e estudante do curso de Administração da Faculdade de Sergipe - FaSe. Como não poderia deixar de ser, Natália Chaves é fã de Gabrielle Maia.