Estamos sujeitos, diariamente, a fazer escolhas.
Algumas cotidianas a gente se acostuma e lida bem com o tempo.
Fica fácil escolher a cor do sapato novo, a roupa de trabalhar, o presente de amigo oculto. É até gostoso decidir entre comprar apenas uma das tantas coisas que se deseja. Afinal, você vai embora para casa com algo que não tinha antes, que se dedicou para alcançar. E em todas essas situações é possível, no seu devido tempo, conquistar o que ficou em segundo plano.
A dificuldade está em fazer escolhas que resultam na renúncia de algo importante; decidir sobre questões que interferem em conceitos, planejamentos realizados, costumes e convicção de modelos ideais, por exemplo.
Dessas há quem tente fugir, consciente ou inconscientemente, porque podem ser opções não conciliáveis e a renúncia é inevitável.
Responsabilidade transferida para o mais próximo, prolongar a decisão, deixar o tempo responder e até súplicas pela abdicação do direito e responsabilidade do livre arbítrio são recursos adotados.
Tudo isso por uma crença de que é mais fácil quando a escolha não parte de si mesmo, para não se culpar caso perceba que a decisão não foi acertada.
É normal sofrer por este tipo de escolha. Não é feio dizer que precisa de ajuda para entender as opções.
Ninguém é inferior por ter dificuldade em abrir mão de algo importante por outra coisa tão importante quanto.
Ao contrário, torna-se inferior quem permite que outros fatores ou pessoas decidam em seu lugar. Aquele que escolhe sem observar os limites do respeito e do cuidado com o próximo e consigo mesmo. Quem trata uma escolha difícil de maneira banal, pra maquiar a responsabilidade de analisar, ponderar. Aquele que empurra com a barriga, na espera que o tempo resolva e que a oportunidade vá embora, junto com a necessidade de fazer uma opção.
Este não se torna inferior comparado a outra pessoa. Inferioriza-se diante de sua própria capacidade de escolher pelo desejo da alma e do coração, por abrir mão de aprender com os erros e poder voltar atrás, recomeçar em busca do que o faz feliz.
Escolher é oportunidade que a vida oferece para que possamos construir nosso caminho de acordo com o que desejamos e acreditamos, aprendendo com a vivência das decisões.
E não tem jeito: já estamos no caminho, quer optemos por ser agente ativo ou passivo nesta construção.
5 comentários:
Poxa, Natália! Escolher é difícil mesmo!
Mas é bem gratificante quando escolhemos certo... :)
Beijim
Boa Noite!
Bem você tocou lá fundo........
Indecisão, acho que seria meu segundo nome......
As vezes acho que sempre erro em todas as minhas decisões diárias...
Bem não sei o que fazer pra acerta-las, mas sempre tento acertar...., mesmo quando infelizmente, nao decido, empurro.. erro sei lá.....
Pior que escolher, pior que errar... é nao tentar, pensar q podia ter feito diferente.
Tente, erre, arrisque.... Seja feliz!
É como a música... devia ter chorado mais, tentado mais... ter feito o que queria fazer...
Saudades!!!!!!
Até mais!
M.A.
Oi, Pri!
É, sim. E também acho confortador poder mudar quando a gente percebe que a escolha foi errada. Tem coisa que dá pra ser assim. Abraços
M.A,
é... acho que a indecisão está na vida de todo mundo. Existe muita gente com este sobrenome...
É importante fazer o que você aconselha: tentar. Abraços
Nat, filosófico esse seu texto... Fiquei até pensando umas coisas aqui que só devem ser compartilhadas se tiver junto uma boa Fanta Uva e uma boa companhia... ;)
Oi, Rapha!
Ué, então tá combinado. hehe
Kiss
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